Silvia Corrêa, Folha de S. Paulo
Rendeu a visita que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, fez há um mês ao RecNov, complexo de estúdios da Record no Rio. Ele conseguiu emplacar personagem na novela “Poder Paralelo” para fazer merchandising social dos mutirões carcerários do Conselho Nacional de Justiça, órgão do qual também é presidente.
Os mutirões revisam processos penais no país. Desde agosto de 2008, soltaram 18.359 pessoas presas irregularmente e cadastraram 1.200 vagas de qualificação e 300 de trabalho em empresas que se dispõem a aceitar esses ex-presidiários.
“O ministro citou com ênfase esse esforço para recolocar essas pessoas. Simpatizamos com a ideia e vimos a possibilidade de apoiar o trabalho”, diz Hiran Silveira, diretor de dramaturgia. Foi Silveira quem levou a sugestão a Lauro César Muniz.
“Decidi criar um personagem ligado ao núcleo do fotógrafo Douglas [Miguel Thiré]. Ele vai tentar emprego como segurança, vão descobrir que ele saiu da cadeia e começarão as dificuldades”, diz Muniz. O personagem deve surgir entre os capítulos 200 e 207. A novela está no 185 e terminará no 231.
O ator ainda não foi escolhido, e Muniz não decidiu se o personagem voltará ao crime. “Ele sofrerá um bocado e terá um final exemplar. Às vezes, o ruim é o mais exemplar.”
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