Comunidade de Jerusalém pode não ser o epicentro do tremor


A Comunidade de Jerusalém, apontada inicialmente como o epicentro do tremor de 3,8 na escala Richter que atingiu Natal, Paraíba e Pernambuco, pode ter origem em outro local. Isso porque os professores do Departamento de Geofísica da UFRN não encontraram evidências que comprovassem a ligação com o local. Eles analisarão agora se a comunidade da Samambaia, também conhecida por tremores de terra, pode ser o epicentro.

Para os pesquisadores Aderson Nascimento e Joaquim Mendes, o cenário de poucas rachaduras nas casas e prédios da comunidade de Jerusalém, não são comuns para regiões de epicentro de tremores ou terremotos.  No entanto, os professores permanecem analisando a área do Mato Grande para definir o local exato do tremor.

Neste momento, a equipe da UFRN está na comunidade da Samambaia para estudos e levantamentos. "Essa (região do Mato Grande) é de muita tensão. Há alguns anos Jerusalém não apresentava um tremor dessa magnitude e a energia foi liberada de forma natural. Os abalos acontecem devido a movimentação de milímetros entre as placas, que chegam a superfície com maior intensidade", disse Aderson Nascimento.

O professor disse ainda que os dois maiores abalos sísmicos registrados no Rio Grande do Norte foram nas décadas de 50 e 80, com destaque para este último que teve 5,3 na escala Richter.

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