O presidente do PT, José Eduardo Dutra, negou neste sábado que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, seja "candidata oficial" do partido à sucessão presidencial e disse que a legislação será "estritamente" cumprida. De acordo com Dutra, o evento deste sábado no 4º Congresso Nacional do PT em Brasília é o lançamento de uma "pré-candidatura".
"É um pré-lançamento do ponto de vista do partido. Ela não é candidata oficial do PT, de acordo com a legislação", afirmou. "Existe um prazo de descompatibilização para as pessoas que ocupam cargos públicos para saírem candidatos, e será cumprido."
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também presente ao evento, afirmou que a ministra Dilma ficará à frente da Casa Civil até "o último segundo que a lei permitir", o que deve ocorrer em abril, seis meses antes das eleições.
Questionado sobre as prováveis reações da oposição à participação da ministra em eventos do governo, o ministro Padilha disse que "não importa o que a oposição vai falar, o que importa são os nossos procedimentos, que são corretos". "O governo não vai parar de governar", afirmou.
O presidente do partido acrescentou que as reações da oposição já estão previstas. "Os partidos entrarem na Justiça já aconteceu e vai continuar acontecendo. Nós estamos agindo estritamente dentro da lei", disse. "É lógico que daqui até abril, provavelmente a oposição - até para fazer marola - vai entrar (na Justiça). Isso ia acontecer de qualquer jeito, independente desse ato."
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