O Rio Grande do Norte, com 17 óbitos causados pela Influenza A, é o estado do Nordeste com maior número de mortes pela doença. A estatística é preocupante, uma vez que a população do RN é muito menor que a de estados como Bahia, Ceará e Pernambuco.
O segundo estado com índices mais expressivos é a Bahia, com 14 óbitos confirmados. O estado baiano notificou 1.366 casos suspeitos de Influenza A, dos quais 206 foram confirmados, de acordo com o último boletim da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado (Sesab).
No Rio Grande do Norte, as notificações chegaram a 1.735, mas as confirmações ficaram em 104. É preciso lembrar, contudo, que enquanto 3.137541 pessoas residem em território potiguar, a Bahia abriga uma população de 14.080.654 habitantes, sendo o quarto estado brasileiro mais povoado.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública do RN (Sesap) ainda passou algumas semanas sem atualizar o boletim informativo da doença. De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, o laboratório do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), entrou em férias, o que comprometeu o envio dos resultados das análises laboratoriais.
O número de confirmações em Pernambuco também supera os registrados no RN, com 156 casos. Em Pernambuco, contudo, os óbitos foram apenas seis. No Ceará as confirmações foram de 122 casos, com apenas quatro óbitos confirmados e outros quatro sob suspeita. As populações de Pernambuco e do Ceará são de, respectivamente, 8.810.256 e 8.450.527 habitantes.
Outros estados menos populosos registraram índices pouco expressivos de casos da doença. Foi o caso da Paraíba, vizinha do Rio Grande do Norte, que teve apenas 25 casos confirmados e três óbitos. Alagoas também registrou 25 confirmações do vírus H1N1, mas não teve nenhum óbito causado pela gripe.
Outro estado que não contabilizou nenhuma morte foi o Maranhão, que teve 39 casos confirmados da doença. O Piauí, por sua vez, com 174 confirmações, teve apenas uma morte causada pela Influenza A. Sergipe também confirmou apenas um óbito, tendo 23 casos confirmados.
Ainda não se tem uma explicação para a maior incidência de óbitos em território potiguar. À época de uma matéria veiculada no Jornal Nacional sobre os dados relativos à gripe A em dezembro, a subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde, Juliana Araújo, afirmou que a gravidade da doença estava controlada desde o mês de novembro. De lá para cá, apenas dois novos óbitos foram registrados pela Sesap.
Comentários