A governadora Wilma de Faria (PSB) vai deixar uma herança um pouco indigesta para o vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), que assume a titularidade do governo em abril. Em 2009, os gastos com funcionários na administração estadual superaram o limite de 49% da receita própria determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Ontem, após a leitura da Mensagem Anual do Executivo na Assembleia Legislativa, Wilma reconheceu o problema, mas afirmou que aposta no crescimento econômico para recuperar as perdas e retirar o Rio Grande do Norte desta incômoda situação. A governadora sustentou que seu governo teria sido “generoso” com o funcionalismo público.
“Nós fomos muito generosos com o pessoal, com relação ao fortalecimento dos servidores públicos. A gente deu muitos planos de cargos, carreiras e salários, que estavam atrasados há vários anos. Agora, vamos ter toda condição, num ano que vai crescer – segundo os economistas – entre 5% e 6%, para tirar o Estado rapidamente do limite prudencial”, justificou.
Indagado sobre a “bomba-relógio” que vai cair em suas mãos, o vice-governador disse que não estava preocupado e apostou na mesma receita da governadora para sair da zona de perigo: “Aumentando receitas e diminuindo despesas”, apontou, sem detalhar seus planos para fazer valer essas metas.
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