O senador José Agripino Maia (DEM) desafiou a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) a mostrar que tem a ficha mais limpa que a dele. O desafio é uma reação às declarações da socialista, que ontem, durante almoço com jornalistas, questionou o discurso ético do democrata. “Quem é ele para falar de ficha limpa e de mãos limpas? A minha ficha é mais limpa do que a dele", declarou Wilma.
Em resposta, Agripino exibiu três certidões negativas expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para atestar que não responde a nenhum processo nas três cortes (clique aqui e confira o fac-símile das declarações).
“A minha ficha está aqui. As certidões negativas de que contra José Agripino Maia não corre nenhum processo em nenhum tribunal. Então cabe aos outros, se tiverem coisa semelhante, exibirem”, provocou.
Para o senador, a campanha deste ano vai exigir que cada candidato faça a “apresentação dos seus predicados”. “Um dos predicados importantes vai ser a ficha limpa, as mãos limpas. O meu predicado eu entrego através destas certidões. Quem as tiver que as exiba”.
Carapuça
José Agripino afirmou que “em nenhum momento” recorreu ao “linchamento moral” contra a ex-governadora, como dissera Wilma de Faria no almoço com os jornalistas. Para o democrata, foi ela quem “vestiu a carapuça”.
“Quem botou a carapuça, quem suscitou este assunto foi ela. Em momento nenhum eu questionei mãos limpas ou sujas de quem quer que seja. Se ela tem, ou se ela não tem, cabe a ela exibir o que eu estou exibindo”, argumentou, em nova provocação.
Apesar de dizer que não questionou “as mãos limpas” da ex-governadora, José Agripino declarou, em entrevista ao Jornal 96 (96 FM) do dia 12 de março, que “as denúncias de prática de incorreção no campo da probidade (...) macularam a imagem do governo Wilma”.
O senador ponderou que não iria “antecipar a campanha” e sustentou que estava somente “mostrando a quem desejar saber quem é José Agripino Maia”. “Não me cabe mais nada, nem polemizar nem não polemizar”.
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