POLITICA: Ciro Gomes cobra posição do PSB nacional


O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) publicou nesta quinta-feira uma nota em sua página na internet em que pressiona o partido a confirmar sua pré-candidatura à Presidência da República.

"A tese que defendo é que time que não joga não forma torcida. Mesmo que tome de goleada. Está aí o exemplo no futebol. Equipes hoje grandes tiveram inícios medonhos", afirmou.

O lançamento da pré-candidatura de Ciro Gomes, ainda não confirmada pelo PSB - partido da base aliada do governo Lula, contraria as intenções do Partido dos Trabalhadores (PT) de que a sigla faça parte da coligação que lançará Dilma Rousseff (PT) candidata ao Planalto e que ele seja candidato ao governo do Estado de São Paulo.

Ele argumentou que, com candidatura própria o partido "se mostra como uma força nova".

Do contrário, diz que será "apenas mais um dos partidos que se acotovelam em alianças pautadas pela mera distribuição de cargos e favores".

"Discordo plenamente que minha eventual candidatura acabe prejudicando a estratégia da candidatura oficial (de Dilma Rousseff, PT).

Ao contrário, basta ler as pesquisas de opinião para ver que quando meu nome é retirado a vida do candidato do PSDB (José Serra) se torna mais tranquila".

"O eleitor poderá até descobrir que existe alguém mais parecido com o próprio Lula do que a candidata que o Lula diz que é. Ou a história de vida da Marina (Silva, PV) não é parecida com a dele?

Ou a minha persistência de ser candidato não é parecida com a dele? Ou as minhas gestões na Prefeitura de Fortaleza e no Governo do Ceará não trouxeram para meus conterrâneos o mesmo acesso à felicidade que hoje o Governo Lula traz ao povo brasileiro?".

Ciro Gomes lembrou que já foi candidato duas vezes e que pretende lançar-se uma vez mais porque acredita que a candidatura própria do PSB força os demais candidatos a debater os problemas do País.

"Não acho que seja correto com o povo brasileiro reduzir o debate eleitoral a uma disputa entre a turma do Lula - na qual me incluo - e a turma do FHC", disse.

No texto, o ex-governador cearense faz um comparativo entre a experiência administrativa do PSB hoje e as que tinha o PT em 2002, quando elegeu Lula, e o PSDB em 1994, quando levou Fernando Henrique Cardoso ao Planalto.

"Hoje, o PSB tem quatro governadores de estado, 333 prefeitos - sendo dois de capitais importantes como Belo Horizonte e Curitiba, e dois ministros de Estado.

O PT, em 2002, tinha quatro governadores, 187 prefeitos e nenhum ministro.

O PSDB, em 1994, tinha apenas um governador de estado, que por coincidência era eu, e 998 prefeitos".


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