Em entrevista à Folha de São Paulo, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), afirmou que os protestos contra sua administração são somente “virtuais” e sem representatividade entre a população.
A prefeita declarou ao jornal que o movimento “Fora Micarla”, surgido nas redes sociais pedindo o impeachment da gestora, na verdade, “não existe”. "Na vida real da cidade, a gente percebe que esse movimento não existe. Existe, sim, na internet. Mas sempre fica aquela dúvida sobre quantos usuários são reais e quantos são fakes [falsos]".
No dia 25 de maio, aproximadamente duas mil pessoas, principalmente estudantes secundaristas e universitários, fecharam o cruzamento das Avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira, em frente ao Midway Mall, para protestar contra Micarla.
Uma semana depois, os manifestantes voltaram às ruas para demonstrar a insatisfação contra a gestão do Partido Verde. Desta vez, saíram em caminhada pela BR 101 e pela Avenida Engenheiro Roberto Freire, reunindo um número ainda maior de pessoas no protesto.
No último dia 7, um grupo ocupou a Câmara Municipal de Natal como forma de pressionar pela instalação de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar os contratos de aluguéis da Prefeitura. A ocupação, batizada de “Primavera Sem Borboleta”, durou 11 dias e só terminou após um acordo com os vereadores em torno da CEI.
De acordo com a Folha, Micarla responsabilizou o PT pela onda de protestos contra sua administração. A prefeita disse que o partido, derrotado nas eleições de 2008, “ainda não desceu do palanque”.
A prefeita vê no decreto da gratuidade das carteiras de estudantes o motivo por trás dos protestos que vem enfrentando.
"No Brasil, há empresas que vendem carteirinhas e usam o movimento estudantil [responsável pela emissão] como fachada. Isso criou uma insatisfação", declarou ao jornal.
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