Daniel Castro
Se teve uma coisa que a Globo acertou no episódio que resultou na expulsão de Daniel Echaniz foi na adequação do horário da exibição das imagens do suposto ato sexual debaixo do edredom.
As imagens (que não mostram muita coisa) foram ao ar depois das 23h de domingo _dia, aliás, que o programa tem audiência menor; audiência que costuma, naturalmente, sem ou com barraco, crescer 80% no dia seguinte, simplesmente por causa do horário de veiculação do programa.
Portanto, como quase todo esse Carnaval de autoridades policiais e governamentais, celebridades e jornalistas em cima Big Brother Brasil 12, não faz sentido falar em reclassificar o programa, muito menos punir a emissora pela exibição de um “estupro” que a própria “vítima” afirma não ter existido.
BBB tem classificação de 12 anos, é inadequado para exibição antes das 20h. Aos domingos, começa depois das 23h. Durante a semana, após as 22h. Pelos critérios do Ministério da Justiça, a “troca de carícias” entre Echaniz e Monique Amin se enquadrariam no máximo no selo “16 anos”, inadequadas antes das 22h. E, pelo menos na Globo, foram ao ar depois desse horário.
Mas atirar pedras no BBB é um esporte nacional nessa época do ano. Deve ser difícil aceitar que um programa repleto de “bonitões” e “gostosonas” faça tanto sucesso, que Pedro Bial tenha talento também como apresentador e que J.B. Oliveira, o Boninho, seja em boa parte responsável por tudo isso.
A polêmica em torno do BBB foi o assunto de meu comentário no Jornal da Record News desta terça, 17.
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