Embora as obras dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 estejam caminhando razoavelmente dentro do cronograma previsto, o mesmo não acontece em outras áreas essenciais para a realização do Mundial.
apenas 5% das obras previstas para melhorias no transporte estão concluídas.
O estudo foi realizado para compreender o que mudou nos compromissos firmados pelo Gecopa (Grupo Executivo da Copa do Mundo 2014) em relação ao setor desde as matrizes assumidas como responsabilidade em janeiro de 2010. Após dois anos, foram constatadas modificações nas prioridades das obras e destinação dos recursos.
Diz o relatório que, dos 12.364,70 bilhões previstos pela matriz de responsabilidades para serem investidos em mobilidade urbana para a Copa, 2.713,16 bilhões (22%) foram contratados e apenas 698,03 milhões (5,64%) foram executados. Ou seja, será praticamente impossível entregar tudo a tempo, já que a maior parte ainda nem começou.
Apesar de o Governo Federal não ter contratado ou executado algumas obras, alguns dos municípios já iniciaram com recursos de contrapartida, como Fortaleza, Porto Alegre e Brasília. No entanto, como demonstra o relatório, caso o Governo não repasse o dinheiro necessário, as obras podem ficar paradas e o que já foi gasto não terá serventia.
Os locais levados em conta pelo relatório são Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. As cidades de Natal e Salvador não constam da nova matriz de responsabilidades e estão fora da comparação. Como o estádio de São Paulo foi mudado para o Itaquerão, as diretrizes de 2010 também não valem mais, já que toda a linha de transporte também muda e as obras previstas não se justificam. Portanto, também ficou de fora.
Das 34 obras comparadas, previstas para a melhoria da mobilidade urbana nos centros citados acima 27 (79%) foram modificadas com atraso de mais de seis meses para o início da obra e 25 (73%) foram modificadas com atraso de mais de seis meses para o término da obra; 24 (70%) apresentam alteração nos valores e 10 (29%) não apresentam alterações. O dado mais alarmante é que apenas quatro (16%) apresentam redução nos valores, enquanto a esmagadora maioria, ou seja, 20 (83%) apresentam acréscimo nos valores estipulados em 2010.
As informações para a confecção do relatório da CDU sobre a situação da mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 vieram da Corregedoria Geral da União, do Ministério dos Esportes e do Ministério
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