Da Istoé Dinheiro
O Nordeste brasileiro vive uma situação sem precedentes no setor, digamos, da logística individual. Isso porque o velho e conhecido jegue, um dos principais meios de transporte locais durante décadas, está se aposentando cada vez mais cedo, substituído por motocicletas e carros.
Essa mudança no perfil de transporte no sertão nordestino não representa uma crise, mas reflete uma constatação importante no cenário econômico: o Nordeste está, visivelmente, mais rico. Aquecido por um volume recorde de investimentos públicos e privados, os nove Estados que o compõem apresentam um crescimento percentual comparável ao ritmo da economia chinesa.
Em 2008, ao atingir um PIB de US$ 250 bilhões, a região superou países como Chile, Cingapura e Portugal. Hoje, se fosse um país, o Nordeste seria a 39º economia do planeta, à frente até de nações com altíssimos indicadores, como a Austrália. Boa parte do crescimento econômico pode ser atribuída aos grandes projetos federais em execução em todos os nove Estados.
A presidenta Dilma Rousseff já se comprometeu a repassar R$ 120 bilhões aos governos nordestinos até 2017. A modernização e ampliação de portos, a construção de rodovias e ferrovias, além de importantes obras em infraestrutura aeroportuária, se traduzem em emprego e renda ao Nordeste.
O Midway Mall, em Natal (RN), é um dos símbolos das recentes transformações econômicas do Nordeste.
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