Com carga tributária comparável à de países de primeiro mundo, o Brasil arrecada mais impostos e contribuições, tanto federais quanto locais, que a maioria dos países da América Latina e inclusive de países ricos e industrializados. Enquanto no Brasil, a carga tributária é de 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), na média de 15 países analisados na América Latina, ela é de 19,4%, ou seja, o Brasil tem uma carga tributária 67% maior.
Na América Latina, o país só fica atrás da Argentina, cuja receita tributária alcançou 33,5% do PIB em 2010. O Brasil também não se sai bem na comparação com os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os mais desenvolvidos do mundo: a carga nacional, em 2010, superou a de 17 dos 34 países da organização, sendo maior que nações como Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Espanha, Suíça e Estados Unidos.
Os dados, divulgados nesta terça-feira, constam de relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elaborado em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat). A metodologia aplicada no estudo é diferente, e por isso, a taxa é inferior ao divulgado pela Receita Federal do Brasil (33,56% para 2010). Na média contudo, a carga tributária brasileira, de 32,4%, foi inferior à média da OCDE, de 38%.
Fonte: O Globo
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