Bem vestido, falante e simpático, Zé do Pé era figura requisitada na boemia paulistana. Certa vez, estava no restaurante Paddock com amigos, quando seguiu o banqueiro Walther Moreira Salles ao toalete:
- O senhor não me conhece, mas preciso de um favor, coisa pequena.
- Às ordens – aquiesceu o ex-embaixador, educado.
- Preciso que o senhor me cumprimente, ao passar pela mesa. É muito importante – suplicou.
Moreira Salles achou aquilo divertido e cumpriu o trato, logo depois:
- Boa tarde, Zé.
Zé do Pé olhou o banqueiro com desdém e deu-lhe as costas:
- Não enche, Walther!
Claudio Humberto
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