CAPS de Ceará-Mirim realiza caminhada Antimanicomial


LUTA ANTIMANICOMIAL
CAPS DE CEARÁ-MIRIM REALIZA 1ª CAMINHADA DE LUTA ANTIMANICOMIAL
Para marcar o dia 18 de maio - Dia Nacional de Luta Antimanicomial - os usuários e equipe do Centro de Atenção Psicossocial-CAPS II, de Ceará-Mirim, realizou na manhã desta quinta-feira 17/05 a "1ª Caminhada de Luta Antimanicomial", em prol do movimento.
Com o tema "Psicofobia Agora é Crime", a caminhada, com cartazes, panfletos, flores de papel, concentrou-se em frente ao complexo cultural e gastronômico "Dom Oscar", percorrendo em seguida toda a extensão da Av. Gal. João Varela, o entorno do Mercado Central, com encerramento na Praça Onofre José Soares ao lado da Prefeitura. 
Durante o percurso, que contou com a participação de todo o corpo do CAPS II de Ceará-Mirim, APAE, o CAPS I do município de Goianinha, Secretaria Municipal de Saúde, Semthas e outros órgãos do governo, foram passadas mensagens à toda a população sobre a importância da data e do movimento.
MAS O QUE É A LUTA ANTIMANICOMIAL
No ano de 1987, 350 trabalhadores em saúde mental, saíram pelas ruas da cidade de Bauru-SP, na primeira manifestação pública organizada no país com o lema "Por uma Sociedade sem Manicômios".
Este ato marcou o II Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental e concretizou o Movimento de Luta Antimanicomial.
Esse foi um passo importante na história do Movimento, pois deu início a um novo momento de luta contra a exclusão, a discriminação e à violência/tortura a que as pessoas com transtornos mentais eram submetidas.
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Em 1987, também surge o primeiro CAPS no Brasil, na cidade de São Paulo, sendo um serviço substitutivo ao modelo manicomial.
EM CEARÁ-MIRIM
O CAPS de Ceará-Mirim, que foi implantado em 2009, na primeira gestão do prefeito Antônio Peixoto, segue o modelo proposto pelo Governo Federal, em parceria com a Prefeitura municipal, priorizando a reabilitação psicossocial, com a inclusão do usuário na família e na sociedade, resgatando sua autonomia e cidadania através de um cuidado humanizado, com atendimentos intensivo; semi-intensivo e não-intensivo.
Em Ceará-Mirim, o CAPS atende 100 usuários em média, portadores de transtornos mentais, em sofrimento psíquico intenso, impossibilitados de viver ou realizar projetos de vida.
A EQUIPE
De acordo com a coordenadora do CAPS II de Ceará-Mirim, Sílvia Letícia, a unidade está composta da seguinte equipe: 01 psiquiatra; 01 terapêuta ocupacional; 01 psicólogo; 01 educador físico; 01 assistente social; 01 enfermeira; 01 farmacêutico; 02 técnicos de enfermagem; 01 artesão; 01 técnico administrativo; 02 ASGs; 01 pedagoga; 01 cozinheiro com apoio de nutricionista do NASF.
O CAPS II de Ceará-Mirim está instalado à rua vereador Euclides Cavalcante nº 249 - Centro, funcionando no horário compreendido entre 7h e 15h.
A IMPORTÂNCIA DA DISCUSSÃO
Apesar de já ter havido muitos avanços no que concerne à saúde mental, a luta ainda continua, por diversos motivos: pelo fim do estigma em relação às pessoas com transtornos mentais; pela importância e fortalecimento da saúde mental na atenção básica; por mais leitos psiquiátricos nos hospitais gerais para os casos de crises graves; pelo cuidado ao cuidador em saúde mental; por mais capacitações aos trabalhadores em saúde mental; pela inclusão e corresponsabilidade do familiar da pessoa com transtorno mental; entre outros motivos.


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