Mulheres marisqueiras de Ceará-Mirim serão capacitadas

REAPROVEITAMENTO DE ALGAS MARINHAS
MULHERES MARISQUEIRAS DAS PRAIAS DE MURIU E JACUMÃ TERÃO CURSO DE CAPACITAÇÃO OFERECIDO PELA PREFEITURA E O SEBRAE
As mulheres Marisqueiras das praias de Muriu e Jacumã vão participar de curso de capacitação, oferecido pela Prefeitura de Ceará-Mirim em parceria com o Sebrae.
O curso consiste na iniciação da capacitação para o reaproveitamento de pescado e algas marinhas na região litorânea de Ceará-Mirim.
Com o tema: "Juntos Seremos Fortes", o curso acontece nos dias 15, 16 e 17 deste mês de julho, das 13h às 15h na Colônia de Pescadores em Muriu e será ministrado pelo instrutor e consultor do Sebrae, Sebastião Carneiro de Almeida.
A iniciação da capacitação das mulheres marisqueiras de Ceará-Mirim, de acordo com o secretário de Turismo, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Município, Fernando Lessa, é fruto de uma preocupação do prefeito Antônio Peixoto, em gerar emprego e renda para a população do litoral do município, atendendo com isso, ao projeto da SETMADE, no sentido de implantar o cultivo de algas marinhas, frente as características propícias do litoral para tal finalidade, beneficiando dessa forma as mulheres marisqueiras da região.
De acordo com Rita de Cássia, Agente de Desenvolvimento Local da SETMADE, para este curso, o Sebrae está destinando 30 inscrições para Ceará-Mirim, mas que, as demais marisqueiras não ficarão de fora, pois, participarão numa segunda etapa de iniciação à capacitação.
No final do mês de junho passado, a Prefeitura de Ceará-Mirim e o Sebrae, reuniram cerca de mais de 40 mulheres marisqueiras em Muriu, para tratar do processo de iniciação ao cultivo de algas marinhas. O evento aconteceu na Colônia de Pescadores e contou com a presença do secretário de turismo do município, Fernando Lessa, do consultor do Sebrae, Sebastião Carneiro, do presidente da Colônia de Pescadores, José Vicente, além de representantes das secretarias municipais de Assistência Social, Agricultura e Abastecimento, e Administração.
O projeto é de grande importância estratégica para a maricultura, mas segundo o próprio consultor do Sebrae, Sebastião Carneiro, é preciso que a categoria inicialmente se organize em cooperativa ou associativismo, pois, essa capacitação é tida como o primeiro passo para a organização, descobrir suas potencialidades para em seguida viabilizar os recursos.
Na ocasião do primeiro encontro com as marisqueiras em Muriu, o secretário Fernando Lessa, também destacou a importância da organização da categoria. "Vocês têm de estarem organizadas para poder entender todo esse processo. E essa é uma preocupação do governo do prefeito Peixoto, no que diz respeito a geração de emprego e renda", disse Lessa.
O PODER DAS ALGAS
Bastante usadas nas indústrias de alimentos e cosméticos, as macroalgas marinhas têm também um grande potencial biotecnológico. Novos estudos brasileiros mostram que compostos produzidos por elas têm ação antioxidante, fotoprotetora e até antitumoral.
Elas estão em pudins, loções, pastas de dente e até na cerveja. São inúmeras as aplicações industriais de substâncias extraídas das macroalgas marinhas (algas pluricelulares visíveis a olho nu). Mas seu aproveitamento pode ser ainda mais intensivo: pesquisas recentes têm mostrado que compostos produzidos por esses organismos têm um incrível potencial biotecnológico.
Compostos produzidos pelas algas são eficazes contra câncer, trombose, bactérias e virus, ação do sol e o envelhecimento são apenas algumas das propriedades de interesse industrial demonstradas recentemente por estudos brasileiros.
Das cerca de 32 mil espécies de macroalgas marinhas pertencentes aos três grupos principais (verdes, vermelhas e pardas), apenas cem são exploradas comercialmente. Ainda assim, a aquicultura de algas é o terceiro maior recurso aquátivo do mundo.

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