Além dos donos das empresas que mascaram pirâmides financeiras, as pessoas responsáveis por angariar investidores para essas fraudes, e que lucram expressivamente com elas, também deverão ser punidas, diz o presidente da Associação do Ministério Público do Consumidor (MPCon), Murilo Moraes e Miranda.
“Nós estamos investigando todos, inclusive a possibilidade de haver ações civis e criminais contra esses principais líderes regionais“, diz o promotor, em entrevista ao iG. Hoje, em todo o País, 31 empresas são alvos de investigação por suspeita de serem pirâmides financeiras. No início do mês, eram 18.
As apurações têm mostrado que, embora possa não haver relação entre os donos delas, muitas vezes os responsáveis por arregimentar vítimas para esses negócios são os mesmos, segundo Miranda. Ou seja, os líderes é que seriam responsáveis por fazer a interface entre um esquema fraudulento e outro, permitindo assim a perenidade desse tipo de crime mesmo com o fim das empresas.
A conduta de pessoas que participaram de negócios já extintos também poderão ser alvos de análise, de acordo com o promotor. O Departamento de Combate ao Crime Organizado (Decco) do Acre já vinha investigando ao menos cinco integrantes da rede Telexfree – suspensa por determinação judicial – responsáveis por conquistar grandes contingentes de associados para o negócio. O inquérito, porém, foi barrado por um habeas corpus conseguido pela empresa .
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