Os funcionários dos Correios começaram uma greve, por tempo indeterminado, na noite de quarta-feira (11). Além de São Paulo, aderiram à paralisação os Estados do Rio de Janeiro, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, além das regiões do interior paulista, como Sorocaba, Bauru, São José dos Campos e São José do Rio Preto.
Os servidores, que têm data-base este mês, não aceitaram a proposta da empresa de aumento de 5,27%, abaixo da inflação anual, de 6,27%, medida pelo IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo), como explica o presidente do Sintect-RJ (Sindicato das Empresas de Correios e Telégrafos do Rio), Marcos Sant’Aguida.
— Os 5,27% de aumento que os Correios apresentaram está bem abaixo da inflação. A inflação é direito, e nós queremos o aumento real do salário. Na reunião [terça-feira (10)], nós falamos que caso a empresa não apresentasse uma nova proposta, nós iríamos entrar em greve.
O sindicalista disse ainda que além de reivindicar melhores salários, a categoria busca o fortalecimento da empresa.
— Queremos que tenha uma entrega ampla em todo o território nacional, mais trabalhadores, mais infraestrutura de transporte e mais atendimento ao público. Nós colocamos 62 itens na reunião com os Correios.
Em nota, os Correios informaram que estão em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho com as entidades sindicais e continuam abertos ao diálogo, não havendo, portanto, justificativa para a paralisação. “A empresa ofereceu reajuste de 5,27% sobre os salários e benefícios. Este índice, somado à progressão anual concedida no ano passado, equivale ou ultrapassa os índices inflacionários do período, impedindo perdas aos trabalhadores”.
Ainda segundo os Correios, “estamos adotando uma série de ações preventivas para garantir a prestação de serviços à população em caso de paralisação parcial dos trabalhadores, como mutirão e contratação de pessoal para entrega de correspondência nos finais de semana para atender à população”.
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