O deputado Henrique Alves tem dito em todas as oportunidades que não pretende disputar o Governo do Rio Grande do Norte em 2014.
Não é verdade. Ele pretende, sim. Para isso, está costurando nos bastidores um projeto de candidatura única. Não é uma tarefa das mais fáceis, porém vista como possível pelo líder do PMDB potiguar.
O ponto de partida – no pensamento dele – é a possibilidade de a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não tentar a reeleição. Os Alves acreditam na hipótese e trabalham para isso.
Em Brasília, por (mau) exemplo, eles travaram batalha para inviabilizar o empréstimo do Banco Mundial com o Governo do Estado. Sem o dinheiro, entendem, Rosalba não teria como recuperar a imagem de sua administração até o período eleitoral, o que tornaria difícil um projeto de candidatura.
Só que o dinheiro do Banco Mundial chegará, atrapalhando, assim, a primeira estratégia dos Alves.
Na sequência do plano, Henrique acredita que é possível construir um “chapão” para a Câmara Federal envolvendo todos os partidos com densidade eleitoral, inclusive, os que fazem parte da base de sustentação do governo Rosalba, como DEM, PSDB, PP e PR.
Essas legendas escolheriam os oito nomes da futura bancada. Por consequência, a chapa majoritária teria o caminho facilitado, pois, sem Rosalba no páreo, enfrentaria algum “pato morto”, tipo vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) ou um Sandro Pimentel da vida.
Henrique traria o PT e o PSB para junto, que indicariam a deputada Fátima Bezerra ao Senado Federal e a deputada Larissa Rosado a vice-governadora, respectivamente.
Dessa forma, Henrique e Fátima abririam duas vagas na Câmara dos Deputados, que seriam ocupadas pela ex-governadora Wilma de Faria (PSB) e Fernando Mineiro (PT).
Para ter o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta, que está indo para o PROS com outros quatro deputados, Henrique ofereceria a vaga do deputado Paulo Wagner (PV), que não será candidato à reeleição, para o jovem Rafael Motta, filho de Ricardo.
Pois bem…
No papel, está tudo bonitinho. Na prática, o negócio não é tão fácil. Os espaços são limitados para acomodar tanta gente.
Como ficaria, por exemplo, a ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado, que retornou ao PMDB com a garantia dada por Henrique de elegê-la deputada federal? Ademais, existe o outro lado, o do Governo, que certamente não ficaria ou não ficará de braços cruzados assistindo o “trem da esperança” passar.
De qualquer forma, Henrique tem um projeto e está lutando por ele.
Do Jornal De Fato
Comentários
se henrique um candidato semi-único
está provado que deixamos de ser um país democrático, porém o voto branco
e nulo vai prevaler, porque esse fací
nora não pode obrigar o povo potiguar
elege-lo...