Monitora apresenta relato de prática sobre Paulo Freire


Durante a II Formação Continuada de Coordenadoras(es) Locais e Monitoras(es) em Natal, nos dias 15 e 16 de agosto, foram apresentadas as práticas alfabetizadoras realizadas nas salas de aula do Projeto MOVA-Brasil, no Estado do Rio Grande do Norte.

Articulando a caracterização da turma, o processo de Leitura do Mundo na comunidade, a definição do Tema Gerador e, a partir daí, apresentadas as práticas, foi possível vislumbrar os contextos das salas de aula do Projeto, a integração das práticas de alfabetização e o diálogo com outras áreas do conhecimento, como Matemática, Geografia, História e Artes.


Uma das práticas apresentadas chamou especialmente a atenção das(os) presentes: a monitora Mirlanne da Silva Oliveira, do município de Ceará-Mirim (núcleo Natal I), levou ao conhecimento das(os) educandas e educandos a história de Paulo Freire. A partir de um texto sobre a biografia do educador, Patrono da Educação Brasileira, a monitora apresentou informações sobre sua cidade natal, ano de nascimento, história escolar e sua trajetória profissional, até se tornar um dos pensadores mais conhecidos no mundo.

Os participantes puderam compartilhar informações sobre o período da ditadura militar, o exílio de Paulo Freire, os países que visitou nesses anos em que esteve fora do Brasil, seu retorno e, claro, a experiência de alfabetização realizada em Angicos (RN), que este ano completa 50 anos.

Mirlanne contou que as(os) educandas(os) se envolveram muito com as aulas sobre Paulo Freire e que os debates levaram a turma a refletir sobre o modelo de Educação que vivenciaram antes e sobre o MOVA-Brasil hoje. “Eles falaram que o Projeto valoriza os pobres, os seus conhecimentos e suas histórias”.


Ela relatou, ainda, que verificou maior participação nos debates, além do desenvolvimento do senso crítico da turma. “Eles relacionaram a história de vida de Paulo Freire com as suas próprias histórias, com o contexto da educação no nordeste e o analfabetismo, que afeta diretamente as mulheres, maioria na turma”. Ainda segundo a monitora, uma educanda, Dona Maria Melo, fez um relato que sintetizou as aprendizagens do grupo, a partir de sua história pessoal: “Eu não fui na escola no tempo certo, mas Paulo Freire pensou uma escola pra a gente, que quer aprender em qualquer idade. Paulo Freire foi um homem de bom coração”



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