FUNCIONÁRIOS DA TV BRASIL DO GOVERNO FEDERAL ESTÃO EM GREVE


Emissora do governo enfrenta problemas para levar telejornal ao ar
Cerca de 30% do efetivo de um total de 2.000 funcionários da TV Brasil estão em greve desde ontem (07), calculam os sindicatos dos jornalistas e radialistas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Em assembleia no início da tarde desta sexta (08), os trabalhadores decidiram manter a paralisação pelo menos até a próxima segunda-feira (11).
Para se manter no ar, a TV pública federal, subordinada diretamente à Presidência da República, está buscando reforço de funcionários terceirizados e de parceiros prestadores de serviços.
No departamento de jornalismo do canal, onde houve maior adesão à paralisação, a falta de pessoal fez com que a versão noturna do telejornal “Repórter Brasil” desta quinta-feira ficasse sem reportagens feitas nas ruas depois das 16h, horário de início da greve. Com isso, para tapar “buracos”, os editores do telejornal tiveram que apelar para um videotape com três minutos de música. Houve falhas de áudio também. Em São Paulo, a situação é crítica, uma vez que há apenas um profissional trabalhando na redação.
Segundo informa os sindicatos, cerca de 600 profissionais estão parados. Desses, 400 são de Brasília, 120 do Rio de Janeiro e 80 de São Paulo. São Luís, no Maranhão, não entrou em greve porque não houve respaldo do sindicato local.
A greve ainda atingem a Rádio MEC e a Agência Brasil, que juntamente com a TV Brasil, integram a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 5,86% (o equivalente ao IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais R$ 400,00 de aumento linear para todos os funcionários. Pedem também 12% de reajuste no auxílio-alimentação, criação do auxílio-educação para funcionários que têm filhos de até 17 anos e adicional no salário para quem tem graduação e pós-graduação. A empresa ofereceu 0,5% de reajuste.

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