A vida não está mesmo fácil para o ricaço Eike Batista, ou ao menos ele era. Como se não fosse suficiente o empresário ter perdido boa parte de seu dinheiro, agora ele enfrenta outro problema nada agradável: nome sujo no mercado.
Ele que já teve a sétima maior fortuna do mundo, está com o nome sujo no SERASA devido uma dívida avaliada em R$ 840 em uma loja de móveis planejados. O pagamento da dívida deveria ter sido feito em 17 de fevereiro deste ano e foi protestado em março.
Funcionários da Treselle, loja de móveis planejados que protestou o título em nome de Eike disseram que a conta já foi paga. Até a publicação desta reportagem, no entanto, o título em nome do empresário continuava sob protesto. Cabe a quem teve o título protestado informar o cartório de que a dívida foi quitada.
Eike usou sua assessoria de imprensa para comunicar que não iria comentar sobre o assunto.
Gerentes e vendedores da loja contaram, em anonimato, que o filho mais velho do empresário, Thor Batista, fez a compra que resultou no nome sujo. Há cerca de um ano, um casal jovem encomendou móveis planejados da loja que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para equipar cozinha e área de serviço de uma casa no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. A conta, em valor não mencionado, foi paga à vista com uma fatura em nome de Eike Fuhrken Batista.
Além de Eike, as empresas OGX e OSX, que pertencem a ele, têm, cada uma, oito títulos protestados no mesmo cartório do Rio de Janeiro. A OGX tem R$ 1,67 milhão em títulos protestados e a OSX tem R$ 280,8 mil protestados. Juntas, as duas empresas do grupo EBX que pediram recuperação judicial têm R$ 1,95 milhão protestados só neste cartório do Rio.
Além do Tabelionato do 1º Ofício do Rio de Janeiro, o G1 levantou a existência de protestos contra quatro empresas do grupo de Eike Batista em outros seis cartórios no Rio, em São Paulo e no Espírito Santo: OGX, OSX, MMX e LLX.
No cartório do Rio, a maior dívida protestada é da OGX, a petrolífera do grupo, que deixou de pagar, em julho, uma duplicata de R$ 1,040 bilhão à CP+, empresa de levantamento de dados marítimos e fornecimento de soluções em meio ambiente, do grupo Suzano.
Entre os protestos da OSX, o maior é uma dívida de R$ 255,9 mil a Megawork Consultoria e Sistemas, voltada a soluções em tecnologia. A empresa de impressão corporativa Simpress protestou quatro vezes as companhias de Eike que entraram com pedido de recuperação judicial num total de R$ 9,8 mil, no cartório carioca.
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