Saúde de Ceará-Mirim monitora qualidade da água

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Através do Programa VIGIÁGUA, a Secretaria Saúde do município de
Ceará-Mirim, está realizado um trabalho de monitoramento da água
utilizada para consumo humano.

Implementado pelo setor de Vigilância Sanitária, visando à qualidade
de vida da população, a secretaria vem coletando, amostras nos poços
que abastecem o município, incluindo ainda as escolas da rede
municipal e estadual. Desde 2011, quando a atividade foi iniciada, o
material é enviado ao Laboratório Central-LACEN onde é analisado. De
acordo com o sanitarista Eriberto Moreira, após o resultado das
análises, se constatado que algum estabelecimento educacional, está
fora dos parâmetros de potabilidade, será obrigado a desinfetar os
reservatórios e a cumprir as normas estabelecidas pelo Programa, como
forma de garantir água de boa qualidade.

O resultado do trabalho apresenta a diminuição de 68% do índice dos
casos de diarreia no município de Ceará-Mirim, comprovados por meio da
curva gráfica registrada no setor de epidemiologia do Hospital Dr.
Percílio Alves e em outras Unidades de Saúde.

“É importante salientar que, o prefeito Antônio Peixoto, além de
apoiar, acompanha o programa que é contínuo, que as metas de coletas
pactuadas com o Ministério da Saúde estão sendo cumpridas e que as
perspectivas, a cada ano, são ainda melhores”, ressaltou.

Eriberto conclui que as ações realizadas demonstram claramente que a
prevenção, através do monitoramento das águas, resulta em evitar que a
população adoeça, além de contribui também para diminuição dos gastos
públicos com internamento e medicamentos para doenças relacionadas ao
consumo de água.

A experiência vivida no município, cujo tema é VIGILÂNCIA SANITÁRIA:
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA ÁGUA VISANDO À QUALIDADE DE VIDA, foi
apresentado pelo sanitarista Eriberto Moreira, em outubro de 2013, no
VI Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária e no II Simpósio
Pan-americano de Vigilância Sanitária, que ocorreram em Porto Alegre/
Rio Grande do Sul. Na ocasião, estiveram reunidos especialistas do
Brasil e dos países das Américas, para discutir as questões da
atualidade que desafiam a vigilância sanitária.

Eriberto ainda relatou que a experiência de Ceará-Mirim-RN serviu de
modelo para outros municípios do Brasil e da América Latina, que
poderão investir no monitoramento da água. Investir em medidas
preventivas é mais barato do que em medidas curativas, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada R$ 1,00 (um real) gasto com
saneamento básico, economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) no sistema de
Saúde. Os gastos com uma diarreia de veiculação hídrica, ou seja,
proveniente da água, envolve não somente os gastos hospitalares pagos
pelo sistema de saúde, mas despesas que o próprio cidadão tem no seu
salário, com locomoção para unidades de saúde, alimentação
diferenciada, além do não comparecimento à escola e/ou ao trabalho.

Segundo OMS, 80% das diarreias agudas no mundo estão relacionadas à
água imprópria para o consumo humano, não tratada. Anualmente, dois
milhões de crianças morrem de diarreia, a maioria dos casos ocorre na
América Latina. Cuidar da água é saúde e qualidade de vida.


Jhancy Richelm

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