TRT-RN reúne especialistas para debater o Assédio Moral nas Relações de Trabalho


Na noite da última quinta-feira (10), o TRT-RN promoveu mais uma edição do Projeto CLT 70x70, no auditório da Livraria Saraiva do Midway Mall, com a presença de advogados, estudantes, sindicalistas, empresários e profissionais interessados em esclarecer dúvidas sobre o Assédio Moral nas Relações de Trabalho.
O debate contou com a participação da juíza do trabalho, Daniela Lustoza Marques, e também com a procuradora do MPT/RN, Izabel Christina de Queiroz, que explicaram os aspectos do tema e o modo que o trabalhador deve agir quando for assediado. 
“São atitudes continuadas contra o trabalhador que, como resultado disso, sente-se humilhado e tem o seu psicológico abalado tornando-se vulnerável. O trabalhador precisa reunir provas da sua condição de assediado e buscar o sindicato da classe, a Superintendência do Trabalho e Emprego, o Ministério Público do Trabalho ou um advogado para tentar resolver a situação”, orientou a juíza.
Daniela Lustoza Marques disse ainda que, para combater o assédio moral no trabalho, a melhor atitude é a solidariedade.
“Vivemos um período de muita competitividade na qual a dor do outro não importa. É preciso mudar esse pensamento e reavivar os laços de solidariedade. Os colegas devem ser mais unidos e ajudar um ao outro”, disse.    
Para a procuradora do trabalho Izabel Christina de Queiroz, a palavra que marca o assédio moral é: humilhação. 
“A sensação do trabalhador é de diminuição, pois ele sente-se pior que o outro, além de se achar incompetente, é humilhado. Nesse caso, o trabalhador deve combater o assediador através de uma estratégia que é, também, psicológica. Deve ter a certeza de que é capaz, que é útil para a empresa e importante no seu ambiente de trabalho”, avaliou a procuradora. 
O advogado Marcelo Bonifácio sempre participa dos encontros mensais do projeto CLT 70x70 e avaliou positivamente o debate.
“Esses encontros são uma parte sociológica do Judiciário que está implementando ações para chegar a um bem comum. No caso do assédio moral, acredito que é importante a parceria entre empresa e empregado para chegar a esse bem comum que são a produção e a satisfação pessoal”, disse.
A democratização da Justiça e a promoção do processo de cidadania são aspectos destacados pelo vice-diretor da Escola Judicial do TRT-RN e juiz do trabalho, Zéu Palmeira Sobrinho, para o sucesso do Projeto CLT 70X70.
“No processo de democratização há um acesso maior ao conhecimento e cria-se um espaço de troca de ideias permitindo que as pessoas se auto-esclareçam a respeito de temas como o   assedio moral. Os participantes saem daqui cientes de quais são os direitos que devem ser respeitados e, ainda, sobre o dever ético que deve ser a diretriz da relação de trabalho”, concluiu.

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