Após uma segunda-feira (16) sem precipitações, a terça-feira (17) amanheceu chuvosa na capital potiguar. “A chuva voltou durante a madrugada. Com isso, estamos mais uma vez em alerta, de prontidão e atentos para qualquer emergência”, ressaltou o secretário Paulo César Ferreira, da Defesa Civil do município. A Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) informou que o clima na capital potiguar vai variar entre céu nublado e pancadas de chuvas ao longo do dia.
Segundo Paulo César, alguns atendimentos já foram registrados, principalmente em razão de ruas alagadas e lagoas de captação que estão transbordando desde o final de semana, quando choveu em dois dias o equivalente ao esperado para o mês inteiro. Em razão dos danos e transtornos causados pelas chuvas neste últimos dias, a Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no fim de semana. Veja galeria de fotos e imagens aéreas do local onde houve deslizamentos.
De acordo com Diogo Alexandre, engenheiro do setor de Conservação da Secretaria Municipal de Obras, Natal possui 57 lagoas de captação e praticamente todas elas transbordaram em meio ao temporal que caiu sobre a cidade. Destas, ele disse que a lagoa de São Conrado, na Zona Oeste, e a lagoa da avenida Ayrton Senna, na Zona Sul, são as que ainda causam muitos transtornos aos moradores de áreas vizinhas.
Mãe Luíza
Leste. O bairro foi um dos mais afetados pelas chuvas destes últimos dias, principalmente em razão da imensa cratera que se abriu na rua Guanabara.
A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros consideram que ainda há risco de novos desmoronamentos na área e já anunciaram que entre 20 e 40 casas precisarão ser demolidas. Ainda de acordo com a Semtas, apenas duas das famílias que ficaram sem abrigo estão alojadas na Escola Municipal Santos Reis. As demais estão espalhadas em igrejas e em casas de familiares.
Dois prédios que ficam na Via Costeira, próximos à encosta onde ocorreram os deslizamentos, também tiveram que ser evacuados. A prefeitura realiza uma vistoria nas estruturas dos edifícios Aldebaran e Infinity para decidir se os moradores podem retornar aos condomínios.
Risco de vida
Mesmo interditada pela Defesa Civil Municipal, a área atingida pelos deslizamentos foi invadida por moradores na manhã desta segunda. As pessoas subiram nos escombros sem serem incomodadas. Além dos moradores, que chegaram a usar escadas para chegar às suas casas e recolher pertences deixados nos imóveis, curiosos se aglomeravam na área e escalavam para ver mais de perto os estragos do desastre ocorrido na noite do sábado (14).
Trégua
No final da manhã deste domingo, após mais de 50 horas, as chuvas que começaram a cair em Natal na sexta-feira (13) deram uma trégua. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), em 48 horas choveu mais de 330 mm na capital potiguar. A média histórica de chuvas no mês de junho em Natal, ainda segundo a Emparn, é de 284 mm. “Choveu nestes dois dias o equivalente a média histórica de todo o mês de junho”, afirmou o meteorologista Gilmar Bristot.
Calamidade
A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no sábado (14) e no domingo (15). O documento, assinado pelo prefeito Carlos Eduardo, foi publicado na edição desta segunda do Diário Oficial do Município (DOM).
Natal é uma das sedes da Copa do Mundo. Nesta segunda-feira, a cidade recebe a partida entre Gana e Estados Unidos, pelo grupo G do Mundial. Mesmo após mais de 50 horas de chuvas, o jogo está confirmado. A Polícia Militar orienta que os turistas que estejam na Via Costeira sigam para a Arena das Dunas usando a avenida Engenheiro Roberto Freire.
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