No último domingo (27) aconteceu na sede do Conselho de Moradores de Candelária - Conacan, uma Assembleia para deliberar sobre a Comissão Eleitoral que comandará as eleições deste ano para o Conselho. Esta mesma Assembleia havia sido suspensa no domingo passado pelo Presidente do Conselho, como estratégia para manter seus vícios eleitorais, e desta forma evitar que seu grupo político saia do poder.
Até então, essa Assembleia convocada para o dia (27) parecia seguir seu rumo normal, se não fosse à proibição da entrada dos moradores do Conjunto Candelária, evitando assim, o livre acesso de muitos moradores, inclusive dos sócios fundadores.
A estratégia criada pelo atual presidente foi evitar que os moradores que estão insatisfeitos com sua gestão participassem da Assembleia, para que não colocassem em votação questões que beneficiam seu grupo político. Entre elas, o cadastramento dos moradores e a data da eleição para o dia 17 de agosto. Além de alguns questionamentos que os moradores vem cobrando a tempos, como o nepotismo que é praticado dentro Conselho, onde cargos como a tesouraria e outros são ocupados, por irmã e mulher do Presidente.
Para que você entenda melhor o caso, esse cadastramento foi criado em 2011 pelo atual Presidente com o objetivo de manipular os votos. Na última eleição só teve direito a voto, quem foi cadastrado pelo Conacan. Cadastramento esse, realizado como estratégia política. Pois, desta forma, só votariam as pessoas que foram escolhidas pelo Conselho para votar. Logo, essas pessoas cadastradas seriam todas eleitoras do atual grupo.
Passados três anos, esse cadastramento ainda se mantém de pé, e os moradores do Conjunto Candelária, lutam para acabar com isso, e poder novamente ter o seu direito de voto. Entretanto, a atual gestão, não aceita acabar com esse cadastramento, e tem através dele, feito toda sua política. Inclusive, a política de evitar que os moradores participem das discussões pertinentes ao bairro.
Mas não para por aí, assim como foi citado no início da matéria. Já não bastava ter perdido o direito ao voto em uma eleição, o morador neste último domingo também ficou sem o direito ao voto na Assembleia. Uma atitude totalmente contraditória do que a gestão vinha pregando nas últimas Assembleias, quando eram convocadas há participar cadastrados e não cadastrados.
Entretanto, nessas últimas Assembleias, o número de não cadastrados estava superando o número de cadastrados, e desta forma, não estava mais beneficiando os interesses do seu grupo.
Sendo assim, a gestão tem se negado a colocar em votação assuntos pertinentes aos moradores, como foi o caso da “prestação de contas”, que não foi colocada em votação, assim como a derrubada do cadastramento, que foi uma solicitação da maioria dos moradores que se faziam presentes na Assembleia, mas também não foi acatada.
Além de todos esses descalabros, a atual gestão também se encontra impossibilitada de exercer sua função, já que o mandato expirou no dia 19 de junho.
E agora? Como pode um Conselho ser comando por uma gestão vencida? Será que é correto um Presidente convocar Assembleia depois de expirado seu mandato? Ele pode ficar sem prestar contas à população? E como vai ficar a situação dos moradores de Candelária? Vão continuar sem ter o seu direito de votar e ser votado?
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