A segurança pública ganhou os debates eleitorais da corrida presidencial, o que ocasionou troca de acusações entre os candidatos que formam o segundo turno. Os dados, no entanto, são claros. Entre 2001 e 2013, as seis unidades orçamentárias que possuem relação direta com segurança pública deixaram de desembolsar R$ 21 bilhões para iniciativas do setor. O nível de recursos autorizados para segurança pública no período somou R$ 137,9 bilhões. No entanto, os desembolsos efetivamente realizados foram de R$ 116,9 bilhões.
Os valores utilizados pelo Contas Abertas foram atualizados pelo IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas. Em termos de investimentos, a situação não foi diferente. Cerca de R$ 10,4 bilhões deixaram de ser aplicados em obras e compra de equipamentos de segurança pública nos últimos 13 anos. Dos R$ 23,4 bilhões autorizados em orçamento no período, apenas R$ 13 bilhões foram executados.
Em 2014, o ritmo de execução não deve mudar. Até o momento, R$ 3,7 bilhões do orçamento geral das unidades não tiveram destino. Já nos investimentos, R$ 888,1 milhões ainda não foram aplicados este ano. O levantamento do Contas Abertas levou em conta a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) , o Fundo de Aparelhamento da PF e o Ministério da Justiça (MJ).
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