Do Ex Senador Geraldo Melo:
O segundo turno da eleição presidencial aconteceu há apenas 11 dias.
Todos estão lembrados: a campanha da Presidente Dilma como candidata a mais um mandato de Presidente da República, sustentava que, se Aécio ganhasse a eleição, os juros subiriam, porque ele estava, segundo ela, a serviço dos banqueiros. Havia até um anuncio de TV em que, quando os juros subiam, a comida era retirada da mesa dos pobres.
Bem: Aécio não ganhou. Os juros subiram. A nossa taxa básica voltou a ser a mais alta do mundo. Está agora em 11.25% ao ano.
Todos estão lembrados: a campanha da Presidente Dilma sustentava que haveria alta de combustíveis se Aécio ganhasse, pois ele já havia dito que estava preparado para tomar medidas difíceis quando assumisse o governo. Ela achava que só podia ser isso. Não era.
Bem: Aécio não ganhou. Não era de combustíveis que ele estava falando. Mas, os preços dos combustíveis já aumentaram.
Todos estão lembrados: a nossa Presidente disse e repetiu até mais não poder que Aécio, se ganhasse, iria prejudicar os bancos públicos, que eram instituições quase milagrosas na nossa sociedade, mostrando que o BNDES, mesmo emprestando dinheiro a alguns clientes com juros subsidiados, ainda assim estava dando lucro.
Bem: Aécio não ganhou. O aperto no BNDES foi anunciado hoje. Por quem? Pelo Ministro Guido Mantega.
Saindo de um seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, o Ministro da Fazenda anunciou que terão de ser feitos cortes de gastos e que esses cortes vão inevitavelmente atingir os financiamentos subsidiados do BNDES. Quer dizer então que o BNDES emprestava com juros subsidiados, mas RECEBIA a diferença, isto é, o subsídio, do Tesouro Nacional?
Mas, o Ministro disse mais, ao elencar vários outros programas a serem atingidos também pelos cortes de despesas:
• Seguro-desemprego
• Abono salarial
• Auxílio doença
• Pensão por morte
Eleição passou. A palavra dada também passou.
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