Autor de novelas Aguinaldo Silva explica queda de “Babilônia” e culpa personagens gays


Autor da última novela das nove, “Império”, Aguinaldo Silva comentou sobre a queda brusca que a faixa nobre da Globo sofreu com a estreia de “Babilônia”, de Gilberto Braga, seu substituto. Ao programa “Diálogos”, na GloboNews, o autor explicou o motivo de ser contra o beijo gay nas suas novelas.
“Eu assisto a novela com o aparelho que mede a audiência em tempo real. Sei que esse é um assunto que vai causar mal-estar, uma certa polêmica”, disse ele, que mostrou o romance entre os personagens de Zé Mayer e Klebber Toledo. Segundo o autor, a audiência chegava a desabar por causa deles.

“Eu percebia que nos momentos em que esse assunto era tratado de modo mais sério a audiência caia. Ou seja, a maioria não quer ver isso”, conta Aguinaldo, que afirma ter bastante cuidado quando se refere a esse tipo de tema em suas produções, já que parte do público não tem interesse em acompanhar.


“O que a novela almeja? É a audiência. É assim que ela se vende. Então, você tem que ter muito cuidado com os temas sobre os quais fala na novela”, afirmou ele, que revelou ter a ambição de ser “o Balzac das novelas”, numa referência ao escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850).

“Gosto de escrever novela, quero fazer isso da melhor maneira possível e quero ser o Balzac das novelas”. Ele ainda contou que as novelas têm um papel muito importante para o país. “Quando as pessoas quiserem saber como era o Brasil desses últimos 50 anos, elas vão ver as telenovelas”, diz.


“Não é na literatura, não é no teatro, não é nada disso. É na telenovela que está o Brasil. Esse Brasil que as pessoas desdenham, o Brasil das novelas, é o Brasil que as pessoas vão ver no futuro”, concluiu o novelista.

Do TV Foco

Comentários