Sinsenat questiona tratamento desigual entre servidores municipais e reafirma manutenção da greve

Em posse de documentos oficiais, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat), conseguiu a confirmação de que há seletividade da gestão municipal quanto ao uso do orçamento, em um ano de crise. Além do já referido Prêmio por Desempenho Fiscal (PDF) instituído aos auditores, cuja soma ultrapassa R$ 11 milhões, agora o Sindicato tomou conhecimento de outros acordos, inclusive, um reajuste salarial – mesmo pleito do Sinsenat.

Na última semana, secretários da Prefeitura se reuniram com os Sindicatos, mas não foi apresentado qualquer índice para o cumprimento da Data-Base. A alegação foi de que não há receita, devido ao mau momento da economia nacional. Contudo, mesmo sob austeridade financeira, o executivo municipal se comprometeu com novos pagamentos, a apenas uma categoria, o que traz insatisfação entre os demais servidores.

De acordo com a portaria Nº 423/2015-A.P., somente ao PDF, o prefeito Carlos Eduardo destinará R$ 11.845.292,40, um valor que em muito ultrapassa o que seria necessário para honrar a Data-Base. O somatório será devido em 10 parcelas, sendo a primeira em março e a última em dezembro deste ano, incluindo somatórios retroativos a 2013, conforme tabela abaixo.

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Dois pesos, duas medidas

Já no Ofício nº 008/2015-ASAN, Carlos Eduardo faz mais concessões, como a reposição inflacionária de 7%. O que chama a atenção dos servidores grevistas é a natureza do pagamento, já que a compensação das perdas salariais é justamente a causa da paralisação dos serviços dos filiados ao Sinsenat. O grande questionamento, mais uma vez, é a possibilidade de arcar com custos de apenas uma categoria em detrimento das demais, quando a reivindicação é a mesma.

A greve continua

Apesar do evidente desfavorecimento, o Sinsenat, como Sindicato envolvido em tantas causas trabalhistas, deixa clara sua compreensão acerca da validade de todas as lutas e esclarece que não tem intenção de diminuir a importância do serviço dos auditores fiscais do município. Contudo, acredita que é a Prefeitura quem desvaloriza mais de 32 categorias, ao negligenciar seus direitos e trata-los de maneira tão diferente: sem propostas de negociação e com ameaça de corte de pontos.asa


Desta maneira, registra que a greve será mantida por tempo indeterminado e que somente a instalação de mesa de negociações poderá mudar o cenário atual.




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