Em 8 anos, foram fechadas 16 mil escolas públicas no Brasil

A informação está no livro “A quem serve a crise da Educação Brasileira? Uma análise da realidade educacional no Brasil e no RN”, escrito pela professora e vereadora de Natal, Amanda Gurgel. A obra será lançada nesta sexta-feira (09), na livraria Saraiva do Midway Mall, às 18h30. O livro analisa diversos aspectos da crise da educação pública e aponta propostas para retirar o setor da situação em que se encontra.

Nos últimos 8 anos, 16 mil escolas públicas foram fechadas no Brasil, enquanto outras 7 mil escolas privadas foram abertas. A informação está no livro “A quem serve a crise da Educação Brasileira? Uma análise da realidade educacional no Brasil e no RN”, escrito pela professora e vereadora de Natal, Amanda Gurgel (PSTU). A obra será lançada nesta sexta-feira (09), na livraria Saraiva do shopping Midway Mall, às 18h30. O trabalho também é uma parceria com o pesquisador do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), Nazareno Godeiro.

A vereadora Amanda argumenta que o baixo investimento dos governos em educação pública e os problemas decorrentes do subfinanciamento favorecem a expansão do ensino privado e acabam transformando um direito em privilégio. “Com o ensino público cada vez mais precário, as pessoas são obrigadas a buscar escolas particulares, a pagar por um direito. É assim que acontece a privatização da educação. Isso explica o fechamento de 16 mil escolas públicas e a abertura de 7 mil escolas privadas.”, afirma a vereadora, citando dados do próprio Ministério da Educação, que estão reunidos no livro.

A partir de uma rigorosa pesquisa, a obra analisa diversos aspectos da crise da educação pública, como o baixo investimento brasileiro comparado a outros países, analfabetismo, Plano Nacional de Educação, adoecimento de professores e a situação do ensino em Natal e no RN. O trabalho também apresenta a concepção socialista de escola, defendida pela professora, e aponta propostas para retirar a educação da crise em que se encontra. Uma delas é o investimento imediato de 10% do PIB exclusivamente em educação pública, e não dividido com o setor privado e apenas daqui a 10 anos, como definiram o governo e o Congresso.

A professora Amanda Gurgel critica os governos que estão cortando recursos da educação pública, quando na verdade deveriam aumentar os investimentos. “A presidenta Dilma já cortou R$ 16 bilhões do setor desde o início do ano. Em Natal, o prefeito Carlos Eduardo reduziu os recursos da merenda escolar, de R$ 2,50 para R$ 0,50, por criança. Já o governador Robinson Faria não garante sequer que os alunos tenham professores de todas as disciplinas. Isso é inadmissível.”, aponta a vereadora do PSTU.

Amanda explica ainda que o caos na educação pública faz parte de uma política planejada pelos governos, que submetem a educação a uma política econômica neoliberal. “A política econômica dos governos é a de retirar dinheiro da educação, da saúde, da moradia, para enviar aos banqueiros metade do orçamento do país na forma de pagamento de juros da dívida pública. Por causa da crise econômica, o governo quer fazer economia reduzindo nossos direitos, nossa educação, para garantir os lucros dos banqueiros e pagar uma dívida que nós não fizemos.”, afirma a vereadora.

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