O Banco Central traçou um quadro dramático para a economia neste e no próximo ano. Mas nem isso impedirá a autoridade monetária de aumentar os juros a partir de janeiro para tentar conter a inflação galopante que terminará 2015 em 10,8%, mais do que o dobro da meta definida pelo governo, de 4,5%.
O diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, deixou claro que a instituição se preocupará apenas em garantir que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue em dezembro de 2016 abaixo do teto do intervalo de tolerância, de 6,5%, e convirja para meta próximo de 4,5% em 2017.
Lopes foi além. Apesar de a presidente Dilma Rousseff cobrar, durante a posse do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, medidas para recuperar o crescimento, ele frisou que o BC cumprirá seu único mandato, o de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda.
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