CRISE NA TELEVISÃO: Globo, Record, SBT e Band começam 2016 com onda de demissões


Apesar de ter sido um ano favorável para boa parte dos canais de TV no quesito audiência e faturamento, nenhuma delas escapou das consequências da crise. Os funcionários, por sua vez, não estão escapando dos cortes de gastos, e estão sendo demitidos.

De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, os cortes nas quatro maiores emissoras de TV aberta, Globo, Record, SBT e Band, deverão promover cortes que vão entre 6%  e 12% nos próximos meses no início do ano que vem, por causa da atual economia do Brasil.

Os executivos não acreditam que o mercado publicitário vá suportar a crise atual e manter investimentos por mais um ano. Parte dos anunciantes mantiveram seus investimentos neste ano, e por isso, a crise não afetará as receitas de emissoras como a Globo.

A Record tem previsão de faturar 8% a mais neste ano, em relação ao ano passado. Em 2016, no entanto, é consenso entre todas que todas as grandes empresas terão de cortar gastos e, consequentemente, a publicidade televisiva, que é caríssima.

Os cortes da Record já começaram no mês passado, com a transferência da teledramaturgia, do RecNov para a produtora Casablanca. Essa mudança implicou em muitas demissões. A Globo extinguirá parte do elenco dos contratos de longo prazo e reduzirá custos.

Os contratos por obra devem predominar no ano que vem, e nem mesmo artistas intocáveis vão escapar. Segundo a publicação, a Band pode se desfazer de mais ativos, incluindo canais pagos e o UHF (21), e a Igreja Universal já fez uma proposta para a compra do canal.

No SBT, a ordem é investir menos na teledramaturgia, focando apenas na atual “Cúmplices de um Resgate”, que foi esticada, e as suas substitutas devem ser mais longas, pois quanto maior a novela, menores são os custos.

A RedeTV!, por sua vez, é a que tem menos para cortar, já que a sua estrutura é a menor possível. Seus programas de menor audiência, como o “Melhor pra Você”, por sua vez, corre o risco de sair do ar.

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