Donos de casa de prostituição de Ceara-Mirim serão investigados sobre a morte dos bolivianos


Donos de uma casa de prostituição podem ajudar a polícia a descobrir qual a motivação e quem são os assassinos dos bolivianos Alan Raul Torrez, de 23 anos, e Cristhian Torrez Galarza, de 25, mortos a tiros na madrugada desta quarta-feira (10) no quintal de uma creche em Ceará-Mirim, município da Grande Natal.

Segundo o delegado Antônio Pinto, que conduz as investigações, antes de o crime acontecer os estrangeiros foram vistos bebendo em um prostíbulo da cidade. “Eles teriam recebido os salários, ou seja, estavam com bastante dinheiro. Também soubemos que ambos se envolveram numa discussão e numa briga neste cabaré. Ainda recebemos a informação do envolvimento de uma mulher. Quando os corpos foram achados, não havia nenhum dinheiro com eles. Se ficar comprovado que eles estavam com os salários e este dinheiro foi levado pelos assassinos, o crime ficará caracterizado como latrocínio (roubo seguido de morte). Tudo isso está sendo levado em consideração e vai ser analisado”, revelou.

Ainda de acordo com Antônio Pinto, a casa de prostituição não abriu mais depois que os corpos foram encontrados. Mesmo assim, os proprietários deverão ser localizados e intimados e prestarem esclarecimentos. “Também vamos ouvir os chefes dos bolivianos e colegas de trabalho que conviviam com eles”, acrescentou o delegado.
O delegado confirmou que Alan Torrez e Cristhian Galarza trabalhavam em Ceará-Mirim como montadores numa usina de energia eólica desde setembro no ano passado. Na cidade, ainda de acordo com Antônio Pinto, residem cerca de 30 bolivianos, todos funcionários desta mesma empresa. “Familiares das vítimas já foram comunicados do ocorrido e já estão providenciando a liberação e traslado dos corpos”, ressaltou.
De acordo com o cabo Jocean Pedro, da companhia de polícia de Ceará-Mirim, os corpos foram encontrados quando funcionários abriram a creche, que fica na travessa Capitão José da Penha. “Moradores da vizinhança disseram que ouviram barulhos de tiros ainda na madrugada, mas ninguém saiu de casa para ver o que era. Quando o dia amanheceu, os funcionários que abriram a creche para lavar o prédio se depararam com os dois corpos estirados no quintal. Eles podem ter corrido para dentro da creche para fugir dos assassinos, porque a creche sempre fica com os portões abertos”, relatou o policial.

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