A decisão de Henrique Eduardo Alves de se antecipar à reunião do PMDB sobre o rompimento com o governo e entregar o Ministério do Turismo foi praticamente arrancada a fórceps.
Um dos mais próximos aliados do vice Michel Temer, Alves empreendeu esforços hercúleos para virar ministro, quando as relações entre o vice e Dilma Rousseff ainda eram boas.
Diante dos vários estremecimentos posteriores, ignorou iniciativas como a do colega Eliseu Padilha, que deixou o governo ainda no ano passado.
Agora, Alves seguia o mesmo roteiro, mas se viu pressionado, além da tropa de choque de Temer, por correligionários do Rio Grande do Norte. A cobrança aumentava e o constrangimento também.
Há alguns dias, Garibaldi Alves, que é primo de Henrique e, assim como ele, foi ministro de Dilma, se deixou fotografar recebendo um pixuleco do ex-presidente Lula.
Diante do quadro, só restou a Henrique entregar a chorosa carta de demissão.
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