Fábio Porchat recém declarou que em seu talk show que apresentará nos fins de noite da Record terá total liberdade, além de poder fazer anedotas com a “Igreja Universal”, poderá levar líderes católicos ao palco da atração, assim como Xuxa.
Ateu, Porchat é abertamente contrário à ocupação de cargos públicos por bispos, pastores, padres, pais-de-santo e outros cargos religiosos. Vale lembrar que a “Igreja Universal” comanda um partido, o PRB.
Na semana passada, antes de assinar contrato com a Record, Porchat utilizou sua conta do Facebook para divulgar uma petição online “pelo fim das candidaturas de líderes religiosos para cargos políticos ou públicos”, alegando que “uma bancada, com clara intenção de instaurar uma teocracia no país, vem sorrateiramente se infiltrando em todas as instâncias de poder”.
Em uma coluna para o jornal “Estadão”, no último dia 21, Porchat defendeu: “O futuro de um país laico não pode depender das decisões de um cidadão não laico. Você pode crer no que você quiser, mas a partir do momento em que prega ‘a palavra’, digamos assim, está dizendo ao mundo que sua vida é regida por aquela crença, logo, você não consegue separar uma coisa da outra”, e enfatizou: “Não poderíamos ter no governo alguém com título religioso, porque essa pessoa, antes de me defender, defenderia a sua crença, ou os praticantes daquela crença”.
Ainda para o “Estadão”, enfatizando mais ainda sua opinião, que pode gerar atritos futuro a com a rede de Edir Macedo, o comediante declarou: “A religião é uma trava para muitas conversas que precisamos ter para evoluirmos como sociedade. Se alguns querem ficar presos a um livro escrito há quase dois mil anos, que fiquem, mas não me arrastem junto. Alguns dirão que evangélicos, judeus, católicos, enfim, também precisam de alguém que defenda seus direitos. Discordo. Antes de ser umbandista, muçulmano ou espírita, você é uma pessoa, portanto precisa de alguém que defenda o direito das pessoas. Independentemente de sua fé”.
Vale lembrar que Porchat já declarou que prefere pagar multa recisória e sair da emissora, como fez José Luiz Datena, a ficar amarrado num contrato, como Britto Jr., que está subutilizado na empresa. Com informações de Daniel Castro, do UOL.
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