​Terapias Alternativas no SUS: falta de informação é obstáculo para terapeutas e pacientes


Por Anna Munhoz

- “Fala sério isso é palhaçada, pessoas estão morrendo nas filas de hospitais e o povo preocupado com meditação”
- “E macumba ? Quando será liberada no SUS ?”
- “O SUS não consegue fazer o básico, vai fazer meditação? Aaaaaffffffff”


Sim, esses comentários são reais e foram retirados da matéria “Meditação, arteterapia e Reiki passam integrar procedimentos do SUS”, publicada no portal G1 em 13 de janeiro deste ano. A falta de informação a cerca dos tratamentos naturais chega a causar arrepios. Mas essa é uma realidade que o terapeuta deve estar ciente ao iniciar suas atividades. 

No Brasil, algumas técnicas como acupuntura, fitoterapia e homeopatia já integram o SUS (Sistema Único de Saúde) desde 2006 por meio da PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. A partir do inicio de 2017, Reiki, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia e quiropraxia também serão oferecidos gratuitamente à população. Só em 2016 foram realizados mais de dois milhões de atendimentos.

Contudo, mesmo com a demanda cada vez maior, o reconhecimento do SUS e o aval da Organização Mundial de Saúde, grande parte da população ainda tem dúvidas de como essas terapias funcionam e dos benefícios que elas proporcionam. Sem contar que muitas delas ainda esbarram na questão religiosa, ao serem confundidas e mal interpretadas. Ou seja, o cenário é positivo, mas os terapeutas ainda tem muito trabalho pela frente.
Trabalho que se resume em informação e informação. Quanto mais melhor. E qual a melhor maneira de levar informação ao maior número de pessoas possível de uma única vez? A partir dos meios de comunicação: jornais, revistas, portais na internet, TV e Rádio. A imprensa, como formadora de opinião, tem um grande papel nessa luta dos terapeutas pelo reconhecimento de suas atividades e pela correta interpretação de cada uma dessas técnicas.

Quanto mais informação, mais conhecimento, mais credibilidade e respeito. Então, você que é terapeuta ajude a popularizar sua atividade, utilize fontes confiáveis ao replicar conteúdo na internet e, aos pouquinhos, vamos colocar as técnicas alternativas em um patamar de credibilidade e seriedade reconhecida por todos.

Anna Munhoz - Jornalista responsável pela Namastê Comunicação, assessoria de imprensa especializada em divulgar profissionais e espaços com foco na área holística, alternativa e sustentável junto à imprensa. (www.namastecomunicacacao.com)

Comentários