O imprevisível oceano que nos desafia
a atravessá-lo com as velhas naus políticas
não é coisa de grumete, frágil na porfia,
que só os enxerga o glamour sem críticas
também não o enfrenta o velho marujo mágico
que o rum o tornou herói de boas literaturas;
o que nos salvará é a tripulação que vencerá o naufrágio
capaz de dobrar esse mar imprevisível e as criaturas
não esperem o salvador, mas o adestrado capitão
que conhecendo os caminhos do mar ouve as opiniões
dos sábios que lá estão, por Deus, para prever as tempestades
conduzirá à praia mansa que um futuro criança
reserva a esta nação embriagada de almas boas
sua proverbial destinação, ressurreta do covil de víboras.
Amadeu Garrido de Paula
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