Numa reunião ampliada da Frente Parlamentar Estadual da Criança e do Adolescente com órgãos de fiscalização, controle e justiça, foi lançada a campanha nacional Não Leve na Brincadeira, da Justiça do Trabalho com apoio do Ministério Público do Trabalho.
A reunião foi presidida pelo deputado Hermano Morais e a campanha faz parte das ações do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho.
"Que possamos despertar na sociedade os aspectos nocivos gerados pelo trabalho infantil. Temos também grave problemas de notificação. A sociedade civil tem que ser parceira", destacou o juiz do trabalho Cácio Oliveira Manoel, coordenador do programa no Rio Grande do Norte.
A campanha "Não Leve na Brincadeira. Trabalho infantil é ilegal" procura estimular que as diversas formas de ilegalidade que violam o direito de criança e adolescente através do trabalho precoce sejam denunciadas. O telefone para denúncias é o Disque 100.
O juiz Zéu Palmeira, titular da Vara do Trabalho da Infância e Adolescência(10ª Vara do Trabalho de Natal) e do procurador do trabalho Xisto Tiago de Medeiros, entre outros convidados.
Atualmente, o Brasil tem mais de 2 milhões e 700 mil crianças e adolescentes, na faixa de 5 a 17 anos, trabalhando irregularmente. No Rio Grande do Norte, elas são 40 mil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Acidentes
Dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança no Trabalho revelam que, entre 2012 e 2017, ocorreram 15.848 casos envolvendo pessoas com menos de 18 anos, trabalhando em condições insalubridades, perigosas e de risco.
Entre as atividades consideradas perigosas para crianças e adolescentes estão as de empregados domésticos, do comércio, da agricultura, da construção civil, em oficinas e carvoarias, entre outras.
"É fundamental erradicar essa mazela que rouba de nossas crianças e jovens o direito a viverem um passo de cada vez, aprenderem e se desenvolverem de maneira adequada em cada fase de suas vidas", defendeu a presidente da Frente Parlamentar, deputada Márcia Maia.
Representantes de órgãos sociais da Prefeitura do Natal, Governo do Estado e Ordem dos Advogados reforçaram os posicionamentos, endossando os encaminhamentos que a Frente Parlamentar remeteu a órgãos de fiscalização e controle.
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