Apesar do discurso de que quer unir os democratas em prol do Brasil, o candidato à Presidência do PT, Fernando Haddad, não consegue unificar a estratégia de campanha dentro do próprio partido.
Entre os petistas há uma disputa entre a versão de que Haddad tem de insistir no que foi feito até agora e tentar uma ainda maior transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e quem ache que, mesmo sem abandonar o líder, é preciso dar mais voz ao candidato Haddad.
“O PT tem que falar mais, mas antes de falar mais precisa combinar o que vai dizer”, disse uma fonte à Agência Reuters.
Uma das questões que preocupam o partido é o indício de que o PT perdeu votos para Bolsonaro em um eleitorado tradicional do partido, entre eleitores até 2 salários mínimos, inclusive no Nordeste.
“Temos que ver como esse eleitor migrou para o Bolsonaro e trazê-lo de volta”, disse Lindbergh ao chegar para a reunião que ocorreu em São Paulo na segunda-feira (8).
Outra questão é a avalanche de informações distribuídas pelas redes sociais, especialmente nos últimos dias de campanha, fato que, acreditam os petistas, pode ter ajudado a impulsionar o antipetismo.
Além das ações judiciais, o partido vai tentar aumentar a quantidade de gente produzindo informações e rebatendo acusações infundadas nas redes.
“Se as pessoas recebem fake news também podem receber informações verdadeiras. Agora, com o fim das campanhas nos Estados teremos mais gente liberada para trabalhar nisso”, disse Paulo Okamoto, um dos coordenadores da campanha de Haddad.
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